Fernando Varela

O poeta  nada mais é do que o escravo das suas próprias palavras

Textos

OLHOS DO OLFATO
Teu cheiro me respira me rasga e anoitece.
Teu cheiro me sente, me rouba e se penitencia.
Teu cheiro me cobre e se embriaga no meu próprio cheiro.
Teu cheiro é adulto mas adolesce quando sente o meu.
Meu cheiro perfuma, progride, profana, agride, e é um pesadelo.
Teu cheiro sussurra, me ganha e me enfraquece.
Teu cheiro me cobra, me abate, mas me respira...
Fernando Varela
Enviado por Fernando Varela em 20/11/2015


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras